sábado, 4 de junho de 2011

Fichamento nº: 08

8º Fichamento de Genética


INFLUÊNCIA DO POLIMORFISMO GENÉTICO DO RECEPTOR FcγRIIIB NO RESULTADO DO TRATAMENTO ENDODÔNTICO.
JOSÉ CLAUDIO PROVENZANO. 
“A definição de sucesso em Endodontia é um tema que gera algumas discussões. SELTZER (1988) definiu o sucesso da terapia endodôntica quando o dente tratado está em função e retido na cavidade oral, devendo ser esta a meta do tratamento. Entretanto, este tipo de avaliação não leva em consideração critérios radiográficos como, por exemplo, a presença de lesões perirradiculares e reabsorções dentárias. A presença de uma lesão perirradicular surgida após o tratamento ou que tenha permanecido após um período de acompanhamento sugere que a eliminação da infecção não foi adequada, deixando o dente susceptível a agudizações e sintomatologia, sendo então esse tipo de definição não unânime entre os demais autores da atualidade .A definição mais adequada de sucesso da terapia endodôntica é aquela que leva em consideração critérios clínicos e listou alguns desses critérios que devem ser analisados  para definir o sucesso do tratamento endodôntico, dentre eles: a) ausência de sintomatologia; b) ausência de mobilidade; c) sem sinais de infecção ou edema; d) lâmina dura normal em relação aos dentes adjacentes; e) eliminação de uma rarefação perirradicular anterior ao tratamento; f) o dente deve estar funcional na arcada.” (Pág.2) 
“Os fatores microbianos são a principal causa do fracasso do tratamento endodôntico (NAIR, 2004), devido à permanência de uma infecção que não foi debelada adequadamente do sistema de canais radiculares, inclusive nos casos em que os canais parecem estar bem obturados radiograficamente. A probabilidade de se obter um resultado favorável do tratamento endodôntico aumenta consideravelmente quando o processo infeccioso é erradicado do sistema de canais radiculares antes da obturação. Quando microrganismos persistem no momento da obturação, aumentam as chances de não haver êxito no tratamento.Vale ressaltar que a qualidade da obturação parece não interferir significantemente no sucesso do tratamento, mas sim a presença de microrganismos remanescentes após o preparo químico-mecânico, como demonstrado recentemente em um estudo realizado por FABRICIUS et al.(2006).” (Pág.5)
“A região perirradicular não é um local onde microrganismos encontram um ambiente favorável para se estabelecer. Pelo contrário, quando há a formação de inflamatória crônica que represente uma resposta imune local a região fica repleta de células de defesas como: neutrófilos, macrófagos, linfócitos B, linfócitos T e plasmócitos associados também a elementos de reparação tecidual como fibroblastos. Tem sido demonstrado que alguns microrganismos presentes no canal radicular podem migrar para lesões perirradiculares em dentes assintomáticos e estabelecer um processo de infecção extra-radicular.Um fator relevante para o desenvolvimento e permanência de uma lesão perirradicular é a capacidade de formar biofilmes por parte das espécies envolvidas neste tipo de infecção, ou seja, ocorre a formação de uma comunidade séssil microbiana aderida a um substrato orgânico ou inorgânico, que fica embebida em uma matriz extracelular produzida pelas células da comunidade. A conseqüência disto é o aumento da resistência à resposta imune do hospedeiro, bem como às estratégias antimicrobianas comumente utilizadas.” (Pág8)
“O terço apical de um canal radicular, também denominado de zona crítica apical, influencia o sucesso ou fracasso da terapia endodôntica, já que está relacionado intimamente ao limite apical de trabalo. As inúmeras ramificações e variações anatômicas dessa região abrigam microrganismos e restos de tecidos pulpares que podem ficar fora do alcance dos instrumentos endodônticos durante o preparo químico-mecânico. Além disso, a sua íntima relação com os tecidos perirradiculares pode favorecer a percolação de fluidos inflamatórios teciduais dos tecidos perirradiculares para dentro do canal radicular e também a saída de microrganismos e seus fatores de virulência do canal radicular para a região perirradicular,Estes fatores justificam o fato de que os maiores índices de sucesso têm sido relacionados aos casos em que a obturação alcança o limite de 0 a 2mm aquém do ápice radiográfico, ou seja, quando há indícios de adequada limpeza e desinfecção do terço apical.” (Pág12)

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