segunda-feira, 6 de junho de 2011

Fichamento n°:10

Fichamento da Gincana n°: 10

Análise da otimização do retropreparo apical através da utilização de aparelhos ultra-sônicos.
Mar ia Esperança Mel lo SAYAGO;Harry DAVIDOWICZ;Igor PROKOPOWITSCH;Cacio de MOURA-NETTO;Abílio Albuquerque Maranhão de MOURA.
“O preparo apical através de pontas ultrasônicas tem apresentado inúmeras vantagens em relação aos realizados com brocas e dentre elas destacamos a melhor limpeza da cavidade, menor angulação no corte da apicectomia e maior profundidade do retro preparo. Embora os aparelhos ultra-sônicos sejam utilizados rotineiramente com sucesso no retro preparo, algumas variáveis que podem interferir com os resultados obtidos e devem ser observadas, como a utilização do aparelho em potência média, o que diminui as alterações dimensionais das paredes dentinárias, bem como reduz o aparecimento de trincas e a quantidade de resíduos formados. Além disto, as pontas diamantadas e com maior angulação, apresentam maior poder de corte, no entanto, causam maior formação de resíduos nas paredes dentinárias.” (Pág 7)
“Ao analisarmos fatores, podemos inferir que apenas uma curetagem do tecido de granulação pode muitas vezes não ser suficiente para solucionar de forma definitiva uma alteração Peri apical, portanto a execução de uma apicectomia propiciaria um melhor prognóstico, pois deltas apicais e istmos contaminados, uma vez mantidos, poderiam promover a recidiva da lesão . Além disto, o biofilme perirradicular, caracterizado por uma população microbiana aderida ao cemento e/ou a dentina na porção apical da raiz, externamente ao canal, somente é passível de ser eliminado através da apicectomia.Portanto a curetagem perirradicular, que já chegou a ser considerada como uma modalidade cirúrgica, na atualidade é aceita apenas como um recurso que permeia as demais modalidades, não devendo ser instituída isoladamente quando a patologia estiver relacionada ao canal radicular.” (Pág 8)
“Com a utilização de pontas ultra-sônicas para o retro preparo, os cortes passaram a ser executados sem angulações, o que minimizou sobre maneira estes problemas. A ausência de biselamento durante a apicectomia expôs uma  menor  quantidade  d e  túbulos  dentinários  e conseqüentemente reduziu significativamente a possibilidade de infiltração apical bem como de uma maior profundidade da obturação retrógrada além disto, a pouca angulação. Visando o aprimoramento do retro preparo Carr em 1992, idealizou pontas ultra-sônicas para sua execução em substituição as brocas até então utilizadas para esta finalidade. Em função da sua utilização, os retro preparos tonaram-se mais conservadores ,  com menor comprometimento das estruturas de suporte e mais centrais em relação à luz do canal (Kellert et al., 1994; Engel e Steiman, 1995; Mehlhaff et al., 1997). Além disto, as cavidades seguem o longo eixo da raiz, com paredes paralelas entre si e profundidade mínimas de 2,5mm, segundo Wuchenich et al. (1994), sendo que esta profundidade reduz o risco de infiltração nas obturações retrógradas e ainda, necessitam de uma menor ostéctomia para a sua execução (Canonica et al., 1997). É lícito afirmar ainda, que as pontas ultra-sônicas propiciavam maior espessura da parede dentinária remanescente, associada a menor diâmetro do preparo, e menor número de perfurações cavitárias, principalmente quando do preparo de istmos (Lin et al., 1998). Além disto, havia melhor qualidade da superfície dentinária (Peters ET al., 2001), e menor quantidade de magma dentinário (Gutmann et al., 1994; Gorman et al., 1995; Sultan e Pitt Ford, 1995; Canonica et al., 1997; Chou et al., 1997; Zuolo et al., 1999). Porém, os preparos apicais ultra-sônicos, propiciaram o surgimento de micro fraturas e ranhuras nas bordas cavitárias e isto, constituiu-se em motivo de preocupação por parte de diversos autores, apesar de não se ter certeza ainda, qual seria a implicação clínica desta ocorrência em longo prazo (Saunders et al., 1994; Abedi et al., 1995; Engel e Steiman, 1995; Frank et al., 1996; Layton et al., 1996; Rainwater et al., 2000).” (Pág. 9)
“O auxílio de novos recursos, como o microscópio operatório que propicia a execução de apicectomias mais precisas e com menor inclinação, a identificação de istmos e micro fraturas além de uma avaliação mais apurada da qualidade dos retro preparos e das retro obturações, quando associados a instrumentos para micro cirurgia contribuem para um refinamento da técnica cirúrgica e para a maior precisão na sua execução (Rubinstein e Kim, 1999). Segundo os mesmos autores, elevados índices de sucesso da cirurgia endodôntica foram obtidos a partir da utilização de pontas ultra - sônicas  para   retro preparo associadas   aos procedimentos de microcirugia. Como podemos observar, o conhecimento de tecnologias cada vez mais avançadas que objetivam a criação de procedimentos com alto índice de sucessos, devem ser estudadas e aprimoradas com o propósito de facilitar e melhorar o tratamento endodôntico cirúrgico.” (Pág 11)

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